320 mil crianças com menos de cinco anos correm risco de sofrer desnutrição aguda em Gaza
- www.jornalclandestino.org

- 7 de ago.
- 1 min de leitura
Um grupo de 20 especialistas das Nações Unidas, incluindo a relatora especial para os Territórios Palestinos Ocupados, Francesca Albanese, exigiu nesta quinta-feira (7) que Israel restabeleça, com urgência, o acesso irrestrito das agências humanitárias da ONU à Faixa de Gaza.
Em comunicado conjunto divulgado em Genebra, Suíça, os especialistas destacam a necessidade de atuação imediata de organizações como a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) e o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), a fim de conter o agravamento da crise humanitária no território.
"É preciso agir para evitar mais fome e sofrimento desumano", afirmaram, segundo declaração reproduzida pela agência espanhola EFE.
O grupo alerta que mais de 500 mil pessoas, o equivalente a um quarto da população de Gaza, estão em situação de fome, e cerca de 320 mil crianças com menos de cinco anos correm risco de sofrer desnutrição aguda.

Os especialistas acusam Israel de utilizar a fome como arma de guerra, classificando essa prática como um crime de direito internacional. Também criticaram severamente a atuação da Fundação Humanitária de Gaza (FHG), criada com apoio de Israel e dos Estados Unidos, a qual teria agravado a escassez de alimentos no território.
Segundo eles, a exclusividade dada à FHG para a distribuição de ajuda humanitária, desde maio, provocou a morte de quase 1.400 pessoas que buscavam alimentos, ao inviabilizar a atuação de entidades internacionais experientes e imparciais. “Esse resultado trágico era previsível”, disseram.
Os peritos pedem ainda que a comunidade internacional se mobilize para restaurar o sistema de assistência humanitária das Nações Unidas em Gaza.





































































Comentários