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Uganda enfrenta uma crescente crise humanitária com a entrada 600 mil refugiados congoleses

  • Foto do escritor: Clandestino
    Clandestino
  • 9 de abr.
  • 2 min de leitura

Uganda enfrenta uma crescente crise humanitária com a entrada diária de aproximadamente 600 refugiados congoleses desde o fim do mês passado. O fluxo contínuo elevou para quase 600 mil o número de congoleses abrigados no país, que já acolhe, ao todo, 1,8 milhão de refugiados — o maior contingente em toda a África.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o aumento repentino coloca sob risco a capacidade de resposta do país, especialmente diante da chegada recente de mais de 70 mil sudaneses que fogem da guerra civil em curso no Sudão há dois anos.

A maioria dos recém-chegados são mulheres e crianças, que cruzam a fronteira a pé ou em transportes locais improvisados. O ACNUR também relata um aumento de casos em que homens viajam sozinhos para evitar o recrutamento forçado por grupos armados. As crianças, em especial, chegam em estado de saúde frágil, muitas vezes debilitadas, enfrentando altos índices de malária e desnutrição.





Infraestrutura sobrecarregada e riscos à saúde

A chegada massiva de refugiados está comprometendo os serviços básicos. O centro de trânsito de Nyakabande, um dos principais pontos de acolhimento, opera atualmente com seis vezes sua capacidade. A falta de instalações adequadas para higiene, como banheiros e chuveiros, aumenta o risco de surtos de doenças, sobretudo em uma população já vulnerável.

Entre janeiro e o momento atual, ao menos nove crianças menores de cinco anos morreram em centros de trânsito nos distritos de Nyakabande e Matanda, vítimas de anemia causada pela desnutrição.


Cortes afetam assistência humanitária

A crise também é agravada pela escassez de financiamento. Diante de restrições orçamentárias, o ACNUR foi forçado a reduzir algumas atividades de proteção essenciais, como assistência jurídica, para concentrar esforços nas necessidades mais urgentes.

Mesmo com o esforço das autoridades ugandesas, do ACNUR e de organizações parceiras para ampliar a resposta humanitária, a falta de recursos levou ao fechamento de unidades de saúde e à demissão de cerca de 250 profissionais da área.

“O financiamento urgente é fundamental para que Uganda possa manter e expandir os serviços básicos diante deste cenário alarmante”, alertou a agência da ONU.

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