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Pesquisa revela que 82% dos israelenses apoiam expulsão forçada de palestinos de Gaza

Uma pesquisa conduzida pela Universidade Estadual da Pensilvânia (Penn State) revelou que 82% dos israelenses apoiam a expulsão forçada de palestinos da Faixa de Gaza. Os dados foram divulgados em 22 de maio pelo jornal israelense Haaretz, em meio a uma nova operação militar israelense na região.



Palestinos deslocados forçados na Faixa de Gaza, Palestina, 2024. ©ANADOLU.
Palestinos deslocados forçados na Faixa de Gaza, Palestina, 2024. ©ANADOLU.


O levantamento, realizado em março com 1.005 israelenses, mostra uma escalada preocupante no apoio popular a políticas que muitos analistas e organizações de direitos humanos consideram alinhadas com práticas de limpeza étnica. Segundo a pesquisa, 56% dos entrevistados também apoiam a expulsão forçada de cidadãos árabes que vivem em Israel.


Os números refletem um aumento siguinificativo em relação a uma sondagem semelhante feita há duas décadas, apontando uma mudança no imaginário coletivo israelense quanto ao tratamento dado à população palestina.


Outro dado alarmante do estudo indica que 47% dos entrevistados defendem que o exército de Israel deve agir como os antigos israelitas na conquista de Jericó, conforme relatado na Bíblia, exterminando seus habitantes. Além disso, 65% acreditam na existência de uma “encarnação contemporânea de Amaleque”, um povo bíblico considerado inimigo ancestral de Israel, e 93% desses apoiam a aplicação literal do mandamento religioso de eliminar esse inimigo.


Essas percepções ganham ainda mais relevância diante da retórica adotada por líderes israelenses. No início da ofensiva em Gaza, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu comparou a campanha militar à guerra sagrada contra os amalequitas, reforçando uma narrativa religiosa para justificar ações no território palestino.


A divulgação da pesquisa coincidiu com o início da operação militar israelense denominada “Carruagens de Gideão”, que tem como objetivo colocar toda a Faixa de Gaza sob controle total de Israel. A ação deve resultar no deslocamento em massa da população local para uma área restrita no sul do enclave.


Durante um discurso em 21 de maio, Netanyahu reafirmou que o fim da guerra em Gaza está condicionado à adoção de uma proposta apresentada no início do ano pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. A iniciativa prevê a transferência forçada de palestinos para outros países e a administração de Gaza pelos Estados Unidos.


Reportagem da NBC News revelou que Trump estaria desenvolvendo um plano para realocar até um milhão de palestinos da Faixa de Gaza para a Líbia. Contratados de segurança dos EUA já estariam na região para supervisionar uma nova estrutura de distribuição de ajuda humanitária — criticada por organismos internacionais por estar atrelada à desocupação forçada da população palestina.


A comunidade internacional tem reagido com preocupação às declarações e ações do governo israelense, enquanto organizações humanitárias alertam para o risco de uma catástrofe ainda maior na região.

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