Celso Amorim alerta que intervenção na Venezuela pode radicalizar América do Sul
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Celso Amorim, ex-chanceler e assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alertou nesta sexta-feira (24) que uma intervenção externa na Venezuela poderia gerar forte radicalização política e instabilidade na América do Sul. Em entrevista à AFP, Amorim afirmou que a medida poderia provocar ressentimento generalizado na região.
O assessor referia-se às recentes ameaças e ações militares anunciadas pelo presidente Donald Trump e pelo secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, que incluiu bombardeios a embarcações no Caribe sob o argumento de combate ao narcotráfico. Amorim questionou a veracidade dessa justificativa:
“Não há nenhuma prova de que os alvos se tratam de narcotraficantes. Isso é muito perigoso.”

O ex-chanceler destacou que ataques estrangeiros desconsideram a Constituição, a soberania territorial e a autodeterminação dos países da região, ressaltando o risco de escalada de tensões.
“Não podemos aceitar uma intervenção externa porque isso vai criar um ressentimento imenso. Pode incendiar a América do Sul e levar à radicalização da política em todo o continente”, afirmou.
Mais cedo, durante viagem à Indonésia, o presidente Lula também criticou os ataques de Washington, afirmando que o combate ao narcotráfico não justifica invasão ou ações militares em território estrangeiro. Ele indicou que poderá discutir o assunto com Donald Trump em encontro previsto para domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia.
Questionado sobre se o descontentamento do presidente brasileiro seria tratado com Trump, Celso Amorim afirmou que a abordagem dependerá do clima da conversa.


























































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