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China reforça apoio à Palestina e exige cessar-fogo imediato em Gaza diante de escalada de mortes

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, declarou nesta segunda-feira (22) que Gaza é parte integrante do território palestino e que Israel deve encerrar imediatamente suas operações militares na região. O diplomata afirmou que um cessar-fogo abrangente e o avanço rumo a uma solução de dois Estados são medidas urgentes não apenas para atender às aspirações dos povos palestino e israelense, mas também para garantir estabilidade no Oriente Médio.


 Guo Jiakun
 Guo Jiakun

Durante coletiva de imprensa em Pequim, Guo Jiakun destacou que a ofensiva israelense, iniciada em outubro de 2023, já resultou em mais de 65,2 mil mortos e cerca de 166 mil feridos, em sua maioria civis palestinos. Para o diplomata, a continuidade da operação militar transformou Gaza em um epicentro de catástrofe humanitária e compromete qualquer perspectiva de paz duradoura.


Segundo Jiakun, a posição da China baseia-se em dois princípios considerados inegociáveis: a Palestina deve ser governada por palestinos e o futuro da região deve se assentar na solução de dois Estados.


“A paz não pode ser alcançada pela força e a segurança não pode ser garantida pela violência”, afirmou, reiterando que Pequim continuará a apoiar, de forma consistente, a causa palestina.

O representante chinês também ressaltou a responsabilidade de países que mantêm forte influência sobre Israel. Sem citar diretamente, a declaração foi interpretada como referência aos Estados Unidos, principal aliado estratégico e militar de Tel Aviv.


“Essas nações precisam cumprir efetivamente suas responsabilidades internacionais e não reforçar ações unilaterais que agravam o conflito”, disse Jiakun.

As declarações da China coincidem com a recente onda de reconhecimento internacional do Estado da Palestina. No dia 21 de setembro, Austrália, Reino Unido e Canadá anunciaram oficialmente o reconhecimento, seguidos por Portugal, em um movimento que pressiona ainda mais Israel e expõe a divisão diplomática no Ocidente.


Analistas avaliam que a postura de Pequim busca reforçar sua imagem como ator global em defesa do multilateralismo, em contraste com a política de Washington sob a presidência de Donald Trump, que tem reiterado apoio irrestrito às operações israelenses. A China, por sua vez, tenta liderar o Sul Global em defesa de uma solução negociada, colocando-se como contraponto à estratégia de confronto das potências ocidentais.

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