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De Kampala a Nova Iorque: vitória de Zohran Mamdani acende esperança de renovação política em Uganda

A eleição de Zohran Mamdani, nascido em Kampala, como prefeito da cidade de Nova Iorque, foi recebida com entusiasmo por líderes da oposição e ativistas em Uganda, que a descrevem como “um farol de esperança” para a juventude do país africano. A vitória do político, que se identifica como socialista democrático, reforça o debate sobre a participação dos jovens na política ugandesa e a necessidade de renovação nas estruturas de poder.


Joel Ssenyonyi, líder da oposição e deputado em Kampala, afirmou que a conquista de Mamdani é “um grande incentivo” para os ugandeses.


“Saber que um de nós chegou tão longe é inspirador, mesmo reconhecendo que ainda há um longo caminho a percorrer”, declarou o parlamentar.
Zohran Mamdani I BLOOMBERG
Zohran Mamdani I BLOOMBERG

Robert Kabushenga, ex-executivo de comunicação e amigo da família Mamdani, destacou que o sucesso do novo líder em Nova Iorque “abre caminhos” e simboliza o potencial dos jovens quando lhes são dadas oportunidades políticas significativas. “A lição é simples: investir nos jovens é investir no futuro”, disse.


Filho do renomado acadêmico Mahmood Mamdani, Zohran deixou Uganda aos cinco anos, acompanhando o pai à África do Sul e, posteriormente, aos Estados Unidos. Naturalizado estadunidense em 2018, ele manteve a cidadania ugandesa e construiu uma trajetória marcada pelo ativismo social no bairro do Queens, onde defendeu inquilinos ameaçados de despejo antes de ingressar na Assembleia de Nova Iorque, em 2021.


Durante sua campanha para a prefeitura, Mamdani defendeu propostas voltadas à justiça social e ao combate à desigualdade, incluindo transporte público gratuito, creches acessíveis, congelamento de aluguéis e a criação de mercados públicos administrados pelo governo — medidas que seriam financiadas por impostos sobre os mais ricos. Sua vitória nas primárias democratas surpreendeu o establishment político norte-americano e provocou reações de setores conservadores, que chegaram a pedir sua deportação.


Em Uganda, sua conquista reacendeu o debate sobre o autoritarismo e a falta de alternância de poder. O país é governado há quase quatro décadas por Yoweri Museveni, que busca nova reeleição em meio a acusações de repressão e perseguição política. Para analistas e acadêmicos locais, como o professor Okello Ogwang,


“o êxito de Mamdani no exterior mostra que o talento ugandês floresce quando há liberdade e oportunidades”.

Mamdani, nascido em 1991, já demonstrava interesse por temas sociais desde jovem. Antes de entrar na política, integrou o grupo de rap Young Cardamom and HAB, conhecido por videoclipes gravados nas ruas de Kampala. Sua trajetória, que conecta arte, ativismo e política, é vista por muitos como um símbolo da resistência e da reinvenção de uma nova geração de ugandeses.


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