Embaixada dos EUA atacam Alexandre de Moraes em defesa de Bolsonaro
- www.jornalclandestino.org

- 24 de jul.
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A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou nesta semana um ataque direto ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, afirmando que ele seria o "coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro", réu no inquérito da tentativa de golpe de Estado. A declaração, feita na plataforma X, ainda destacou que "graças à liderança do presidente Trump e do secretário Rubio, estamos atentos e tomando as devidas providências".

A ofensiva diplomática ocorre em meio ao agravamento das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Em 9 de julho, o presidente dos EUA Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Segundo o governo norte-americano, o inquérito contra Bolsonaro motivou a medida, que é interpretada como retaliação política.
Como parte da escalada, os EUA também revogaram os vistos dos ministros do STF, impedindo suas entradas no país. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado Marco Rubio na última semana.
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade, que permite a suspensão de benefícios comerciais e acordos com países que adotem práticas unilaterais contra o Brasil.
Um estudo técnico da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) alertou para os impactos econômicos da guerra tarifária. Com as tarifas norte-americanas em vigor, o Brasil pode perder R$ 175 bilhões no longo prazo, ter uma queda de 1,49% no PIB e perder 1,3 milhão de empregos. Em caso de retaliação equivalente, a situação se agravaria ainda mais: PIB cairia 2,21%, seriam perdidos 2 milhões de postos de trabalho e a folha salarial reduziria R$ 36,18 bilhões, além de uma perda fiscal de R$ 7,21 bilhões.
A crise marca um dos momentos mais tensos das relações bilaterais entre Brasil e EUA, colocando em risco acordos comerciais e a estabilidade econômica de ambos os países.



































































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