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Emirados Árabes negam envolvimento em avião destruído no Sudão com mercenários colombianos

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) negaram nesta quinta-feira (7) qualquer ligação com o avião supostamente abatido pela Força Aérea do Sudão em Darfur, que teria transportado mercenários colombianos. O episódio, ocorrido na quarta-feira, deixou pelo menos 40 mortos, segundo fontes militares sudanesas.


De acordo com a imprensa estatal sudanesa, a aeronave foi atingida ao tentar aterrissar no aeroporto de Nyala, no sul de Darfur — área controlada pelas Forças de Apoio Rápido (RSF), grupo paramilitar em conflito com o Exército sudanês desde abril de 2023.


“Essas alegações são totalmente falsas, infundadas e fazem parte de uma campanha de desinformação conduzida pelo Sudão”, disse um representante dos EAU à agência France-Presse (AFP), rebatendo as acusações de apoio aos paramilitares.


Forças de Apoio Rápido RSF, Sudão. ©BRITANNICA.
Forças de Apoio Rápido RSF, Sudão. ©BRITANNICA.

O governo sudanês, alinhado ao general Abdel Fattah al-Burhan, acusa há meses os Emirados de fornecerem armamentos às RSF, incluindo drones, através do aeroporto de Nyala — algo que Abu Dhabi nega, mesmo diante de relatórios de organizações internacionais e da ONU que sugerem o contrário.


Na segunda-feira, autoridades sudanesas afirmaram possuir documentos que comprovam o envolvimento dos Emirados na contratação e financiamento de mercenários colombianos para combater ao lado das RSF. Relatórios divulgados no fim de 2024 já indicavam a presença de combatentes colombianos na região de Darfur, informação posteriormente corroborada por especialistas das Nações Unidas.


Nesta semana, as Forças Conjuntas — coalizão pró-Exército sudanês ativa em Darfur — denunciaram a atuação de mais de 80 mercenários colombianos em Al-Fashir, última capital regional de Darfur ainda sob controle militar.


Aeronaves de carga que aterrissam em áreas dominadas pelos paramilitares já foram alvos anteriores do Exército sudanês. Em junho, três testemunhas relataram que outro avião foi bombardeado pouco após pousar.


Os mercenários colombianos, muitos deles ex-militares ou ex-combatentes de grupos armados, têm histórico de atuação em conflitos internacionais. Alguns foram recrutados pelos próprios Emirados Árabes em operações militares anteriores no Iêmen e na região do Golfo.


O conflito no Sudão, além de devastador, tem se tornado palco de disputas geopolíticas com interferências externas cada vez mais visíveis, agravando ainda mais a situação humanitária no país africano.

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