Enviado dos EUA adverte Hezbollah contra envolvimento em guerra entre Israel e Irã
- www.jornalclandestino.org

- 20 de jun.
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Em uma visita diplomática à capital libanesa, o enviado especial dos Estados Unidos, Thomas Barrack, fez um alerta direto ao Hezbollah sobre as possíveis consequências de um eventual envolvimento do grupo libanês na escalada militar entre Israel e Irã. Segundo Barrack, qualquer tentativa de intervenção por parte do Hezbollah seria uma “decisão muito, muito, muito ruim”.

A declaração foi feita após um encontro com o presidente do parlamento libanês, Nabih Berri, figura próxima ao Hezbollah. Questionado por jornalistas sobre a posição dos EUA diante de uma possível entrada do grupo na guerra, Barrack reiterou que tanto o presidente Donald Trump quanto o também enviado especial Steve Witkoff compartilham da mesma avaliação: o Hezbollah estaria cometendo um grave erro estratégico ao se engajar diretamente no conflito.
Durante sua passagem por Beirute, Barrack também se reuniu com o presidente libanês Joseph Aoun. As conversas abordaram, entre outros temas, a necessidade de o Estado libanês manter o monopólio do uso de armas, em conformidade com o acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, que pôs fim ao confronto entre Hezbollah e Israel no ano passado.
Apesar das recentes manifestações de apoio à liderança iraniana e da condenação aos ataques israelenses, o Hezbollah ainda não sinalizou uma intenção clara de intervir militarmente. Fontes ligadas ao grupo informaram à agência Reuters que não há planos imediatos para retaliar os ataques israelenses à República Islâmica.
Vale lembrar que o Hezbollah ainda se recupera dos efeitos devastadores do conflito com Israel no ano anterior, que resultou na morte de milhares de combatentes, perdas significativas em sua liderança e destruição de importantes redutos no sul do Líbano e nos arredores de Beirute.
O governo dos Estados Unidos tem intensificado a pressão sobre o Líbano, exigindo ações concretas para conter o armamento de milícias não estatais como o Hezbollah, sob pena de consequências militares. Paralelamente, Israel mantém sua ofensiva contra alvos do grupo, destruindo infraestruturas estratégicas como parte de uma campanha para enfraquecê-lo.
Thomas Barrack, que também atua como embaixador dos EUA na Turquia e tem longa trajetória como conselheiro de Donald Trump, foi nomeado enviado especial para a Síria no final de maio deste ano.





































































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