EUA e Europa intensificam coordenação antes de reunião com chanceler iraniano em Genebra
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- 20 de jun.
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Fontes diplomáticas informaram à rede Al-Mayadeen que está em curso uma articulação de alto nível entre os Estados Unidos e os países da chamada Troika Europeia — França, Alemanha e Reino Unido — em preparação para um encontro com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, previsto para os próximos dias em Genebra.

De acordo com essas fontes, nas últimas 24 horas o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, manteve contato direto com seus homólogos europeus, além de ter conversado com a comissária de Relações Exteriores da União Europeia, Kaya Callas. As conversas buscaram alinhar estratégias em torno do que os países ocidentais consideram ameaças crescentes ligadas ao programa nuclear e aos mísseis iranianos.
Autoridades diplomáticas francesas relataram que, durante o diálogo com o ministro francês Jean-Noël Barrow, Rubio expressou preocupação com o impacto potencial do arsenal iraniano não apenas para Israel e o Oriente Médio, mas também para a segurança europeia. O chefe da diplomacia dos EUA também afirmou que Washington está disposto a iniciar contatos diretos com Teerã “a qualquer momento”, caso haja disposição do lado iraniano.
No entanto, o Irã mantém uma postura firme de rejeição ao diálogo direto com os Estados Unidos. Em pronunciamento na sexta-feira, o chanceler Abbas Araqchi afirmou categoricamente que “as capacidades militares e o programa de mísseis do Irã não estão em pauta para negociação”. Ele também negou qualquer contato recente com representantes norte-americanos, alegando que Washington tem recorrido a intermediários, mas sem sucesso. “Rejeitamos todas as solicitações de diálogo”, reforçou.
O encontro em Genebra ocorre em meio a uma escalada militar no Oriente Médio, com o conflito entre Israel e Irã tomando proporções regionais e gerando pressões internacionais por uma solução diplomática. Ao mesmo tempo, vozes críticas ao governo israelense, como a da ex-secretária de Estado Hillary Clinton, têm apontado que a condução da guerra por Tel Aviv serve a interesses políticos internos, como a permanência de Benjamin Netanyahu no poder.





































































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