HRW critica omissões e manipulações em relatório de direitos humanos do governo Trump
- www.jornalclandestino.org

- 13 de ago.
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A organização Human Rights Watch (HRW) alertou que o relatório anual de direitos humanos do Departamento de Estado dos EUA, referente a 2024, apresenta omissões e manipulações que comprometem sua credibilidade. Segundo a ONG, categorias de violações como direitos das mulheres, da comunidade LGBT, de pessoas com deficiência, corrupção e liberdade de reunião pacífica foram deixadas de fora do documento.

A HRW apontou que a exclusão dessas informações prejudica a avaliação global da situação dos direitos humanos e enfraquece instrumentos para o Congresso monitorar políticas externas dos EUA. “O novo relatório é, em muitos aspectos, um exercício de branqueamento e engano”, afirmou Sarah Yager, diretora da HRW em Washington.
O documento elimina críticas a países como El Salvador, Israel e Rússia, enquanto intensifica censuras a Brasil e África do Sul. Em Israel, por exemplo, não foram abordadas as deslocações forçadas de palestinianos em Gaza nem a restrição de serviços essenciais, consideradas pela HRW como possíveis crimes de guerra.
Em El Salvador, para onde os EUA enviam migrantes para a prisão de segurança máxima de Cecot, o relatório apontou ausência de relatos “credíveis” de abusos significativos. Já em países como Haiti, Venezuela, Honduras, Nepal, Nicarágua e Afeganistão, o relatório reconhece situações de prisões arbitrárias, tortura, execuções extrajudiciais e desaparecimentos forçados, mas a Administração Trump revogou o Estatuto de Proteção Temporária, que beneficiava cidadãos dessas nações.
Segundo a HRW, o relatório, historicamente usado como base para o apoio dos EUA ao movimento global de direitos humanos, foi transformado em instrumento que minimiza abusos em países autocráticos e fortalece narrativas favoráveis a aliados estratégicos do governo.





































































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