Relatório da ONU alerta para impacto devastador das secas globais e aponta Amazônia como zona crítica
- www.jornalclandestino.org

- 23 de jul.
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Um novo relatório apoiado pela ONU evidencia o agravamento das secas em todo o mundo, com impactos severos sobre comunidades, ecossistemas e economias. Intitulado “Pontos Críticos de Seca ao Redor do Mundo 2023-2025”, o documento denuncia que as alterações climáticas, associadas à pressão crescente sobre recursos hídricos e terrestres, geraram alguns dos piores episódios de seca das últimas décadas.

O estudo destaca a Bacia Amazônica como uma das áreas mais afetadas, citando o colapso dos níveis dos rios em 2023 e 2024, a morte em massa de peixes e golfinhos ameaçados e o comprometimento do abastecimento de água para centenas de milhares de pessoas. A região, segundo o relatório, corre risco de deixar de absorver carbono e passar a emiti-lo, agravando o aquecimento global.
Na África, 90 milhões de pessoas enfrentam fome aguda. Países como Zâmbia e Zimbábue registraram perdas massivas na agricultura, colapso energético e aumento dramático nos preços dos alimentos. A seca no sudeste asiático afetou culturas essenciais como arroz e açúcar, enquanto a Europa sofreu alta no preço do azeite de oliva e esgotamento de aquíferos.
Além dos prejuízos econômicos, o relatório alerta que as secas atingem com mais força mulheres e crianças, acentuando desigualdades sociais. O Canal do Panamá, os supermercados britânicos e as exportações dos EUA também foram afetados, revelando a dimensão global do problema.
A ONU defende ações urgentes: monitoramento em tempo real, sistemas de alerta precoce, soluções baseadas na natureza, infraestrutura resiliente e uma transição justa e sensível ao gênero. O documento classifica as secas como uma “catástrofe de evolução lenta” que exige resposta imediata.



































































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