Síria: Bloco Nacional desafia investigação oficial sobre mulheres sequestradas
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O Bloco Nacional Sírio contestou publicamente os resultados da investigação conduzida pelo Ministério do Interior do governo de Damasco sobre o caso das mulheres sequestradas na região costeira do país, conhecida como Sahel. O Comitê de Família e Sociedade do grupo denunciou a falta de independência e transparência do inquérito, classificando-o como uma tentativa de encobrir crimes graves.

De acordo com o Bloco Nacional, o relatório do ministério “nega a maioria dos sequestros relatados” e demonstra “a continuidade de uma política de justificação e ocultação de crimes que, segundo o direito internacional, configuram crimes de guerra e crimes contra a humanidade”. O grupo lembrou que a Síria é signatária de convenções internacionais que exigem a investigação e punição de tais violações desde 1968.
A declaração acrescenta que a postura do governo “carece de credibilidade e transparência”, apontando que o caso “não admite interpretações locais”, pois seus responsáveis devem ser submetidos a processos internacionais. O Bloco criticou o fato de um ministro “incluído nas listas de terrorismo da ONU” ter sido o porta-voz da negativa dos crimes, o que, segundo eles, compromete ainda mais a legitimidade da investigação.
O grupo também expressou preocupação com a repetição de práticas do governo sírio em casos de massacres e violações documentadas, nas quais relatórios oficiais teriam sido utilizados para “proteger os autores em vez de garantir justiça às vítimas”. Diante disso, o Bloco Nacional Sírio pediu a formação urgente de uma comissão independente, composta por especialistas reconhecidos e supervisionada por organismos internacionais e de direitos humanos, para apurar o destino das mulheres desaparecidas e responsabilizar todos os envolvidos, direta ou indiretamente, nos sequestros e nos encobrimentos.
A nota conclui reafirmando o compromisso do Bloco com “os valores da justiça e da dignidade humana”, defendendo que o direito à verdade “é inalienável e imprescritível”, e que “a verdadeira justiça não pode coexistir com a ausência de transparência e o silenciamento das vozes das vítimas e de suas famílias”.



























































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