Israel deixará de pagar abrigos para milhares de colonos deslocados após ataques iranianos
- www.jornalclandestino.org

- 10 de jul.
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O governo de Israel anunciou que deixará de financiar a estadia em hotéis para milhares de colonos deslocados após a ofensiva iraniana ocorrida durante a guerra de 12 dias. A decisão, divulgada nesta quarta-feira (9) pelo portal The Times of Israel, foi comunicada aos afetados pela Autoridade Fiscal do regime, que informou que o subsídio será encerrado em 1º de agosto.

A medida afetará principalmente colonos ilegais evacuados de áreas próximas a bases militares, alvos centrais dos ataques do Irã. Apenas pessoas em situações excepcionais, como comorbidades ou necessidades familiares específicas, continuarão recebendo apoio estatal para hospedagem temporária após o prazo.
De acordo com as autoridades israelenses, o objetivo é acelerar a transição desses deslocados para soluções habitacionais consideradas “mais duradouras”.
A decisão ocorre em meio a crescentes revelações sobre a extensão dos danos causados pelos contra-ataques iranianos. Fontes militares israelenses confirmaram à agência Reuters que diversas instalações militares foram atingidas durante a retaliação. Imagens de satélite analisadas por pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon e divulgadas pelo The Telegraph indicam que ao menos cinco bases foram atingidas em diferentes regiões dos territórios ocupados — entre elas, um centro de inteligência e uma base logística.
A ofensiva iraniana foi uma resposta direta aos ataques israelenses iniciados em 13 de junho, que atingiram Teerã e outras cidades, resultando na morte de aproximadamente 1.100 civis iranianos. Após quase duas semanas de intensos confrontos, Israel anunciou um cessar-fogo, diante da pressão militar e diplomática resultante da retaliação iraniana, que envolveu o lançamento de centenas de mísseis e drones.
Internamente, cresce o debate sobre a censura imposta pelo regime durante o conflito. O comentarista Raviv Drucker, do Canal 13, revelou ter sido impedido pela polícia de filmar locais atingidos, sob justificativa de “censura militar”. “Mesmo com minha credencial de imprensa, fui informado de que filmar era proibido por não haver autorização da censura”, relatou Drucker.
As restrições à imprensa e o fim do suporte emergencial aos deslocados revelam os dilemas enfrentados por Tel Aviv na tentativa de controlar a narrativa interna enquanto lida com as consequências de um confronto que expôs suas vulnerabilidades militares e políticas.





































































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