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República Popular de Lugansk proíbe produtos da SpaceX por razões de segurança

As autoridades da República Popular de Lugansk, na Federação Russa, anunciaram nesta quinta-feira (26) a proibição de todos os produtos da empresa SpaceX, de Elon Musk, incluindo os equipamentos do sistema de internet via satélite Starlink. A medida foi adotada sob alegações de que a tecnologia representa uma ameaça à segurança do território.


“O sistema Starlink pode ser usado pelo inimigo para coordenar ataques, transmitir dados e executar operações militares em nossa região. Ignorar esse risco seria irresponsável”, afirmou o chefe de Estado da república, Leonid Pasechnik, em comunicado publicado nas redes sociais.


Um militar da Milícia Popular da República Popular de Lugansk aponta seu rifle para a linha de frente fora da cidade de Severodonetsk em 22 de maio de 2022.Alexander Reka/TASS
Um militar da Milícia Popular da República Popular de Lugansk aponta seu rifle para a linha de frente fora da cidade de Severodonetsk em 22 de maio de 2022.Alexander Reka/TASS

A decisão se dá em meio a preocupações crescentes do governo russo sobre o uso dual da tecnologia de Musk — civil e militar. Desde o início do conflito com a Ucrânia, em 2022, terminais da Starlink têm sido empregados por forças ucranianas para comunicação segura e controle remoto de drones armados. Ainda em 2023, Elon Musk revelou ter rejeitado um pedido ucraniano para ativar o sistema na Crimeia, por receio de envolvimento direto em operações militares contra a Rússia.


A República Popular de Lugansk, situada na região leste da Ucrânia, declarou independência após os eventos de 2014 em Kiev, e posteriormente votou para integrar-se à Federação Russa. Agora, a liderança local busca reforçar medidas de proteção diante do avanço de tecnologias que, segundo eles, podem ser utilizadas como ferramenta de guerra.


Além do contexto ucraniano, a SpaceX também foi recentemente envolvida em disputas políticas no Oriente Médio. Durante o confronto entre Israel e Irã, vozes favoráveis à mudança de regime em Teerã chegaram a solicitar que Musk disponibilizasse o Starlink para opositores iranianos. O bilionário respondeu sugerindo que o sistema estaria operacional na região, o que foi interpretado como apoio tácito a movimentos de insurreição.


A proibição imposta por Lugansk reforça as tensões em torno do uso de tecnologias civis com potencial militar em zonas de conflito, enquanto Elon Musk continua sendo uma figura polêmica nas disputas geopolíticas mais sensíveis do cenário global.

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