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Lula critica protecionismo e defende comércio sem dependência do Dólar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira (23) um modelo de comércio internacional mais equilibrado e independente do Dólar, durante coletiva de imprensa no Palácio Merdeka, em Jacarta. Ao lado do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, Lula reafirmou seu compromisso com o multilateralismo e criticou as práticas protecionistas que, segundo ele, limitam o crescimento global.


“Queremos multilateralismo, não unilateralismo. Democracia comercial, não protecionismo. Fomos eleitos para representar o nosso povo, e isso inclui gerar empregos de qualidade e estimular o desenvolvimento econômico”, declarou Lula.

O presidente brasileiro, que realiza uma série de encontros oficiais na Ásia, deve se reunir com Donald Trump no próximo domingo (26) para discutir o aumento de tarifas e as tensões comerciais entre os dois países.


PRESIDENTE LULA I ARQUIVO
PRESIDENTE LULA I ARQUIVO

A posição de Lula surge em meio a debates internacionais sobre a criação de mecanismos alternativos ao Dólar para o comércio exterior, tema recorrente nas discussões do grupo Brics, do qual o Brasil faz parte ao lado de Rússia, Índia, China e África do Sul. O presidente reiterou a importância de fortalecer moedas locais como forma de reduzir a dependência financeira de potências estrangeiras.


“O Século XXI exige coragem para mudar. O Brasil e a Indonésia podem comercializar usando nossas próprias moedas, sem depender de ninguém”, afirmou.

Durante o encontro, os líderes assinaram uma série de acordos bilaterais voltados à cooperação econômica, tecnológica e ambiental. Lula destacou que a aproximação entre Brasil e Indonésia é estratégica e deve gerar resultados positivos para ambas as economias. “É com esperança e disposição que venho trabalhar por uma relação mais produtiva e rentável para nossos povos”, disse.


Em seu discurso, o presidente também confirmou que disputará as eleições de 2026, buscando um quarto mandato. “Estou com a mesma energia de quando tinha 30 anos. Este mandato termina em 2026, mas estou preparado para disputar novamente”, afirmou, recebendo aplausos da delegação brasileira presente.


A agenda de Lula na Ásia prossegue nesta sexta-feira (24) com uma visita à sede do Secretariado da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), em Jacarta, onde se reunirá com o secretário-geral Kao Kim Hourn. Na sequência, o presidente embarca para Kuala Lumpur, na Malásia, para participar da 47ª Cúpula da Asean, que reúne mais de 680 milhões de habitantes e é considerada uma das principais plataformas de integração econômica do continente.


De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o comércio entre o Brasil e os países da Asean superou US$ 37 bilhões em 2024, com tendência de crescimento contínuo. Na Malásia, Lula deve se reunir com o primeiro-ministro Anwar Ibrahim para tratar de cooperação nos setores de energia, ciência, tecnologia e inovação.


Além de temas econômicos, é esperado que Lula e Trump discutam a situação geopolítica na América Latina, incluindo as recentes ações militares dos Estados Unidos no Caribe e as tensões com a Venezuela e a Colômbia. A reunião bilateral deve abordar, ainda, medidas para equilibrar as relações comerciais e evitar novos impasses tarifários entre os dois países.


Com a viagem à Ásia, Lula busca consolidar a presença do Brasil como ator global independente e defensor de uma ordem econômica multipolar, baseada na cooperação entre nações emergentes e na redução da hegemonia de moedas estrangeiras nas trocas comerciais internacionais.

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