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México celebra o protagonismo das mulheres indígenas com programação cultural e acadêmica

O governo do México anunciou uma série de atividades culturais e acadêmicas voltadas para a valorização das mulheres indígenas, dentro do Ano da Mulher Indígena. Sob o tema “Mulheres do Milho”, a programação inclui exposições, fóruns, colóquios e publicações digitais que revisitam a trajetória de Malintzin, figura histórica marcada por interpretações controversas, e ampliam a visibilidade de outras mulheres nativas em diferentes períodos históricos.


Oaxaca, México ©ARQUIVO CLANDESTINO
Oaxaca, México ©ARQUIVO CLANDESTINO

O governo mexicano apresentou nesta segunda-feira a programação cultural e acadêmica destinada à celebração e reivindicação das mulheres das comunidades indígenas, integrando o calendário de atividades do Ano da Mulher Indígena. Entre as iniciativas, destaca-se a exposição Danzas de la Malinche, prevista para 12 de outubro no Zócalo da Cidade do México, e o fórum ¡Qué traidora ni qué la chingada! Quem é Malintzin?, que ocorrerá na mesma praça no dia 19, dentro da Feira Internacional do Livro.


O calendário inclui ainda o Colóquio Internacional Malintzin: Mujer palabra, organizado pelo Ministério da Cultura, marcado para 27 de novembro no Palácio de Belas Artes, além do lançamento da Brochura Digital das 400 mulheres, promovida pela Secretaria da Mulher. Cápsulas transmitidas pelo Canal 22 abordarão o papel de Malintzin como intérprete entre povos indígenas e colonizadores espanhóis durante a conquista, destacando sua atuação estratégica e a negociação de acordos entre diferentes grupos.


Durante a apresentação da programação, a presidente Claudia Sheinbaum ressaltou que a intenção é resgatar a memória de Malintzin e de outras mulheres indígenas, reavaliando seu legado e combatendo estigmas históricos.


“Estes são alguns dos eventos que vão acontecer entre agora e dezembro, reavaliando, reconhecendo, reivindicando Malintzin de uma maneira diferente. Mas não só ela, mas todas as mulheres indígenas antes, agora e depois.” Claudia Sheinbaum

Materiais apresentados pela equipe do governo enfatizam que, apesar da narrativa histórica que a retratou como traidora no século XIX, Malintzin atuou como ponte de comunicação e negociação, buscando acordos entre europeus e povos nativos, e que foram os invasores espanhóis que descumpriram tais acordos. As populações originárias, segundo especialistas, sempre reconheceram sua atuação como símbolo de resistência e liderança feminina.


A programação visa reforçar o protagonismo das mulheres indígenas, não apenas resgatando figuras históricas, mas também promovendo a visibilidade contemporânea dessas comunidades em diversas áreas culturais, sociais e acadêmicas.

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