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Nova York desafia Trump: cidade pode eleger Zohran Mamdani, primeiro prefeito muçulmano e socialista da história

Nova York caminha para um momento histórico. Os nova-iorquinos devem eleger nesta terça-feira (4) o democrata Zohran Mamdani como novo prefeito da cidade, em meio ao aumento do custo de vida e à crescente indignação com o apoio dos Estados Unidos a Israel. O resultado, segundo analistas, pode abrir uma nova frente de oposição ao presidente Donald Trump e intensificar o confronto político entre a Casa Branca e a metrópole que simboliza o liberalismo americano.

Mamdani, de 34 anos, liderava a última pesquisa da AtlasIntel com 41% das intenções de voto — sete pontos à frente do ex-governador Andrew Cuomo, que aparece com 34%. O republicano Curtis Sliwa, fundador do grupo de vigilância civil Guardian Angels, soma 24% e pode ser decisivo caso parte de seus eleitores migre para Cuomo. A eleição ocorre após o atual prefeito, Eric Adams, desistir de disputar a reeleição, abalado por denúncias de corrupção. Adams declarou apoio público a Cuomo, de 67 anos.


Zohran Mamdani
Zohran Mamdani

De origem ugandesa e defensor de políticas progressistas, Mamdani construiu sua campanha sobre propostas de redução do custo de vida, ampliação de moradias populares e defesa dos direitos trabalhistas. Se vencer, será o primeiro muçulmano a governar Nova York. Durante o fim de semana, intensificou sua presença nas ruas e em eventos culturais, mantendo sua imagem de candidato popular e próximo às comunidades locais.

“Este precisa ser um partido que reflita os americanos em toda a sua diversidade”, declarou em um encontro com eleitores no Queens.

Donald Trump reagiu de forma dura à possível vitória do candidato socialista. Em publicação nas redes sociais, o presidente afirmou que, caso Mamdani vença, o governo federal “não enviará um centavo além do mínimo legal” à cidade.

“Se o candidato comunista Zohran Mamdani vencer a eleição para prefeito, Nova York não contará com o apoio de Washington”, escreveu Trump.

Em resposta, Mamdani criticou o que chamou de “abraço descarado do movimento MAGA a Andrew Cuomo”. O cientista político Grant Reeher, da Universidade de Syracuse, afirmou que uma eventual vitória do democrata “criará inevitavelmente um confronto direto com Trump”, destacando que o presidente deverá adotar uma postura mais agressiva em relação à cidade.

A ascensão de Mamdani também repercute dentro do Partido Democrata, que se vê dividido entre a ala centrista e o setor populista de esquerda. O próprio Barack Obama, embora tenha conversado com Mamdani no fim de semana, optou por não endossar oficialmente sua candidatura, sinalizando a delicada disputa interna sobre os rumos do partido diante do avanço conservador nacional.

Além de Nova York, as eleições desta terça-feira se estendem aos estados de Virgínia e Nova Jersey, onde os resultados para governador servirão como termômetro do humor político norte-americano a menos de um ano das eleições legislativas que decidirão o controle do Congresso.

Fonte: AFP


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