Palestino e seu filho são forçados a demolir suas próprias casas em Jerusalém Oriental
- www.jornalclandestino.org

- 19 de jun.
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As autoridades israelenses obrigaram nesta quinta-feira (19) um morador palestino e seu filho a demolirem suas próprias residências no bairro de Beit Hanina, localizado em Jerusalém Oriental ocupada. A ação é mais um episódio da política israelense de autodemolição forçada, amplamente criticada por organizações de direitos humanos.

Segundo informações da governadoria de Jerusalém, Rami Aloun e seu filho Mohammad foram intimados a evacuar e destruir com as próprias mãos as casas em que viviam, sob a ameaça de multas altíssimas impostas pelas autoridades israelenses. Ambos foram acusados de construir as moradias sem as licenças exigidas pelo regime de ocupação — autorizações que, segundo entidades internacionais, são praticamente inacessíveis à população palestina devido a políticas urbanísticas discriminatórias.
A prática de autodemolição, denunciada por instituições como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional, tem sido classificada como uma forma de deslocamento forçado, violando normas do direito internacional humanitário. Moradores palestinos, frequentemente impossibilitados de obter licenças formais, constroem para atender às necessidades básicas de moradia — e acabam penalizados com ordens de demolição ou pesadas sanções econômicas.
Casos como o da família Aloun reforçam as críticas à política israelense de planejamento urbano em Jerusalém Oriental, considerada por especialistas como uma estratégia sistemática para alterar a demografia da cidade e restringir a presença palestina na região.
Beit Hanina é um dos bairros mais afetados por esse tipo de medida, refletindo o quadro mais amplo da ocupação e das tensões cotidianas enfrentadas pelos palestinos em sua luta por permanência e dignidade na cidade.





































































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