Petro anuncia possível saída da OTAN em meio a apoio a Israel e convocou nações latino-americanas e africanas a formarem um "exército de luz"
- www.jornalclandestino.org
- 17 de jul.
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O presidente colombiano, Gustavo Petro, anunciou na quarta-feira (16) sua intenção de retirar o país da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), criticando veementemente a aliança militar por ter exércitos que "jogam bombas sobre crianças". A declaração foi feita durante o discurso de encerramento da Conferência Ministerial de Emergência sobre a Palestina, em Bogotá, onde a Colômbia sediou uma cúpula urgente para discutir o genocídio contra os palestinos.
Petro afirmou que "não há outro caminho" senão a saída da OTAN, argumentando que a relação com a Europa não pode continuar com governos que "traem seu próprio povo e estão ajudando a lançar bombas". O presidente questionou a participação de seu país em uma aliança com exércitos que perpetram tais atos, em um momento em que a OTAN tem expressado abertamente apoio a Israel em sua campanha militar em Gaza, que já resultou na morte de mais de 58.500 palestinos.
A OTAN tem fornecido armas à Ucrânia, o que, segundo a Rússia, dificulta a resolução do conflito e envolve os países membros. Petro também convocou nações latino-americanas e africanas a formarem um "exército de luz" para se unirem contra a Europa, exigindo que parem de "ajudar os nazistas" caso desejem colaboração.
Reiterando a cessação das exportações de carvão para Israel, o líder colombiano enfatizou que "o carvão colombiano não se torna bombas em Israel para matar crianças".
Desde o início da ofensiva israelense em Gaza em outubro, o governo colombiano tem demandado um cessar-fogo imediato e a responsabilização do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra. Em primeiro de maio, Petro já havia anunciado o rompimento das relações diplomáticas com a entidade sionista, em resposta ao que classificou como genocídio contra a população palestina.
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