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PF apura doação à campanha de Tarcísio de Freitas por suspeita de esquema de lavagem de dinheiro

A Polícia Federal (PF) investiga a pecuarista Maribel Schmittz Golin, uma das principais financiadoras da campanha eleitoral do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em 2022, por suspeita de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (30) pelo jornal Folha de S.Paulo.


Governador de SP, Tarcísio de Freitas
Governador de SP, Tarcísio de Freitas

Maribel foi a sexta maior doadora da campanha de Tarcísio, contribuindo com R$ 500 mil – R$ 100 mil no primeiro turno e R$ 400 mil no segundo turno, conforme registros da Justiça Eleitoral. Ela não realizou doações para outros candidatos naquele ano.


Segundo a PF, a pecuarista teria relações financeiras com Willian Barile Agati, apontado como integrante da facção criminosa e preso em janeiro deste ano durante a Operação Mafiusi. Agati responde na Justiça Federal do Paraná por tráfico de drogas, associação ao tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa.


O relatório policial também aponta que Maribel é proprietária de quatro empresas que, juntas, faturaram mais de R$ 1,4 bilhão em menos de dois anos, sem nenhum funcionário registrado. A suspeita é que as companhias tenham sido usadas para movimentar recursos do tráfico internacional de drogas, em parceria com a máfia italiana ’Ndrangheta, por meio do Porto de Paranaguá (PR).


A coordenação financeira da campanha de Tarcísio em 2022 ficou a cargo de Maurício Pozzobon Martins, cunhado do governador. Após a eleição, ele tentou ocupar um cargo no Palácio dos Bandeirantes, mas recuou diante da repercussão negativa por possível nepotismo. Atualmente, atua no gabinete do deputado estadual Danilo Campetti (Republicanos).


Em nota oficial, o governo paulista afirmou que “a campanha de Tarcísio de Freitas não tem qualquer vínculo com a doadora citada”.


A investigação segue em andamento e Maribel Schmittz consta oficialmente na lista de investigados pela PF.

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