Criado prêmio internacional José “Pepe” Mujica para honrar legado de democracia e unidade na Ibero-América
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- 25 de set.
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Nova York sediou nesta quarta-feira uma homenagem ao ex-presidente uruguaio José “Pepe” Mujica, ocasião em que foi anunciado o lançamento do prêmio internacional que leva seu nome, destinado a reconhecer iniciativas que promovam a democracia, a integração e a unidade entre os povos ibero-americanos. A cerimônia reuniu líderes políticos de diversos países e enfatizou a relevância de manter vivo o legado de Mujica, falecido em maio de 2025, e sua mensagem de proximidade com o povo e simplicidade ética.

O secretário-geral da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), Mariano Jabonero, destacou que o prêmio não se trata apenas de uma homenagem simbólica, mas de um projeto contínuo voltado para engajar novas gerações na defesa de princípios democráticos e na promoção da integração regional. Jabonero ressaltou a figura de Mujica como referência de liderança humana, capaz de transmitir esperança por meio de uma linguagem direta e acessível.
O evento, organizado pelo Congresso Pan-Americano, pelo Fórum da Iniciativa Mujica e pelo Instituto Remarque, contou com a presença de autoridades internacionais, incluindo o chefe de governo espanhol Pedro Sánchez, os presidentes Gabriel Boric (Chile) e Yamandú Orsi (Uruguai), bem como diplomatas e políticos de destaque, como o embaixador palestino nas Nações Unidas, Riyad Mansour, o governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, e a senadora colombiana Clara López Obregón.
Sánchez lembrou o discurso de Mujica na Assembleia Geral da ONU em 2013, destacando seu apelo para “cuidar da vida”, enquanto Boric reforçou que a melhor forma de honrar o ex-presidente é continuar trabalhando por causas justas. Orsi ressaltou que a projeção internacional do Uruguai atualmente se deve mais à imagem e ao legado de Mujica do que ao esporte, refletindo a força de sua liderança ética e sua política voltada ao bem-estar social.
Mujica, presidente entre 2010 e 2015, ficou conhecido como “o presidente mais pobre do mundo”, apelido que rejeitava, mas que simbolizava seu estilo de vida austero, sua rejeição ao luxo e seu compromisso com a população. O novo prêmio José “Pepe” Mujica pretende perpetuar esses valores, incentivando líderes e cidadãos a promoverem a democracia, a justiça social e a integração entre os povos da região.































































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