Israel anuncia reconstrução de assentamento desativado na Cisjordânia desde 2005
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- 7 de ago.
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O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, anunciou nesta quinta-feira (7) que o assentamento de Sa-Nur, localizado na Cisjordânia ocupada, será reconstruído, quase duas décadas após ter sido desativado em 2005 como parte do plano de retirada unilateral promovido pelo então primeiro-ministro Ariel Sharon.
“Estamos corrigindo uma expulsão”, declarou Smotrich, figura central da extrema-direita israelense, durante uma visita ao local ao lado de famílias que se preparam para retornar à área, considerada território palestino ocupado segundo o direito internacional.
A reativação de Sa-Nur integra um plano mais amplo aprovado em maio pelo governo de Benjamin Netanyahu para estabelecer 22 novos assentamentos na Cisjordânia, incluindo dois que haviam sido desmantelados: Sa-Nur e Homesh, ambos no norte do território. A proposta foi apresentada pelo próprio Smotrich, que lidera o partido Sionismo Religioso.
O ministro afirmou, em nota oficial, que Israel está realizando uma “revolução nos assentamentos e na segurança na Judeia e Samaria” — termo usado pelo governo israelense para se referir à Cisjordânia ocupada.

Smotrich também declarou que a intenção de retorno já existia desde a retirada: “Mesmo naquela época sabíamos que um dia voltaríamos a todos os lugares dos quais fomos forçados a sair. Isso vale para Gaza, e ainda mais aqui.”
Desde a ocupação da Cisjordânia em 1967, todos os governos israelenses, independentemente da orientação política, deram continuidade à expansão dos assentamentos. No entanto, essa política tem se intensificado com o atual governo liderado por Netanyahu.
A expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia é considerada ilegal pelo direito internacional, sendo condenada por diversos organismos internacionais e governos estrangeiros.
Smotrich e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, ambos defensores de políticas ultranacionalistas, foram recentemente declarados persona non grata por países como Países Baixos e Eslovênia, devido a declarações consideradas de teor genocida em relação à guerra em Gaza.
Além disso, Smotrich esteve entre os organizadores de uma audiência no parlamento israelense para discutir um plano que propõe transformar a Faixa de Gaza em uma “Riviera do Oriente Médio” após a guerra — proposta que tem sido amplamente criticada por organizações internacionais e defensores dos direitos humanos.





































































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