Retirada 2.000 militares estadunidenses da Síria gera preocupação em Israel, segundo mídia local
- Clandestino
- 29 de jan.
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A emissora israelense Kan informou nesta terça-feira que autoridades da Casa Branca comunicaram a representantes israelenses a intenção do presidente norte-americano Donald Trump de retirar milhares de soldados dos Estados Unidos estacionados na Síria.
A possível decisão gerou inquietação em Tel Aviv, que teme impactos na segurança regional. Conforme dados divulgados pelo Pentágono, cerca de 2.000 militares norte-americanos estão atualmente mobilizados em território sírio.
Presença Militar Israelense na Síria
Enquanto isso, o ministro de Assuntos Militares de Israel, Israel Katz, visitou na terça-feira o Monte Hermon, localizado em uma área ocupada por Israel na Síria, e reafirmou a intenção de manter tropas "indefinidamente" na chamada zona de contenção ao sul do país.
“Não permitiremos que forças hostis se estabeleçam na zona de segurança, desde este ponto até o eixo Sweida-Damasco. Atuaremos contra qualquer ameaça”, declarou Katz, ressaltando a postura ofensiva israelense na região.
Desde a ocupação dessa zona estratégica, Israel afirmou que suas forças permanecerão no local até que a segurança nas fronteiras seja considerada plenamente garantida.

Tensões Recentes e Condenações Internacionais
A presença militar israelense na Síria tem sido marcada por intensos ataques. Em dezembro, forças israelenses realizaram bombardeios que destruíram instalações militares e infraestrutura síria, resultando em mortes de civis e soldados, uma violação da soberania condenada por organismos internacionais.
Além disso, o governo israelense declarou unilateralmente o colapso do Acordo de Separação de Forças de 1974, que delimitava a zona desmilitarizada nas Colinas de Golã, território ocupado desde 1967. A decisão enfrentou críticas da ONU e de países árabes, que denunciaram o avanço das forças israelenses na região.
O possível recuo das tropas dos EUA da Síria, aliado à postura expansionista de Israel, reforça as preocupações quanto à estabilidade e segurança no Oriente Médio.
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