Senador dos EUA classifica ataque ao Irã como ilegal e acusa Trump de arrastar país para guerra
- www.jornalclandestino.org

- 22 de jun.
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O senador estadunidense Chris Murphy criticou duramente a ofensiva militar dos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã, classificando a ação como "ilegal" e sem justificativa estratégica. Em publicações feitas no domingo por meio da rede social X, Murphy responsabilizou o presidente Donald Trump por uma escalada bélica que, segundo ele, viola a legislação interna e coloca a segurança nacional em risco.
“O Irã não representava uma ameaça iminente aos Estados Unidos e não está próximo de desenvolver uma arma nuclear viável”, afirmou o senador democrata, referindo-se a informações da inteligência às quais teve acesso. “Trump nos arrastou para uma guerra no Oriente Médio que o país não quer, a lei não permite e nossa segurança não exige.”

Murphy descreveu o presidente como “fraco e perigosamente imprudente”, acusando-o de ceder aos interesses de grupos favoráveis à guerra na região. “Trump foi incitado por aqueles que historicamente promovem conflitos no Oriente Médio — indivíduos que sabem como iniciá-los, mas nunca como terminá-los, e que lucram política e economicamente com guerras intermináveis.”
O parlamentar também cobrou uma resposta institucional imediata do Congresso. “Apenas o Congresso pode autorizar uma guerra preventiva. Precisamos votar urgentemente uma legislação que negue a Trump qualquer autorização para aprofundar esse conflito, que poderá custar incontáveis vidas americanas e trilhões de dólares ao país”, alertou.
Segundo Murphy, as negociações entre Teerã e Washington, que vinham apresentando sinais de avanço, foram deliberadamente minadas por ações militares israelenses. Ele responsabilizou Tel Aviv por inviabilizar os esforços diplomáticos com “bombardeios provocativos”.
No domingo (22), os Estados Unidos se envolveram oficialmente no conflito ao lado de Israel, realizando ataques a três instalações nucleares iranianas — em Natanz, Fordow e Isfahan — como parte de uma resposta coordenada aos lançamentos de mísseis iranianos contra cidades israelenses.
As ofensivas ocorrem em meio a uma escalada iniciada em 13 de junho, quando forças israelenses realizaram ataques aéreos contra instalações militares e nucleares iranianas, matando civis, cientistas e comandantes de alto escalão. O Irã respondeu com uma série de lançamentos de mísseis e drones contra os territórios ocupados, citando o direito à autodefesa garantido pelo direito internacional.
O líder da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, já havia advertido que qualquer envolvimento direto dos Estados Unidos resultaria em consequências “irreparáveis”.
A situação segue em rápida deterioração, enquanto a comunidade internacional debate os riscos de uma guerra de maiores proporções no Oriente Médio.
Fonte: HispanTV





































































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