Soldados israelenses enfrentam acusações de genocídio em 10 países
- www.jornalclandestino.org
- 6 de jan.
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Crescem as preocupações no governo israelense sobre possíveis processos judiciais contra soldados acusados de crimes de guerra e genocídio na Faixa de Gaza. No último domingo, a corporação de rádio e televisão israelense informou que cerca de 50 denúncias já foram apresentadas contra reservistas do exército israelense em pelo menos 10 países, incluindo Brasil, França, África do Sul e Sri Lanka.
Embora nenhuma prisão tenha sido realizada até o momento, os esforços para responsabilizar judicialmente militares israelenses em tribunais internacionais têm se intensificado. Segundo a emissora libanesa Al Mayadeen, investigações em andamento estão relacionadas as alegações de crimes contra a humanidade cometidos durante o atual conflito em Gaza.
O canal israelense 13 confirmou a gravidade da situação, afirmando que essas investigações podem marcar o início de uma nova realidade jurídica para Israel. Recentemente, o reservista Yuval Vagdani fugiu do Brasil às pressas após a Justiça Federal emitir ordem para investigá-lo por sua suposta participação em crimes de guerra em Gaza.
A situação levou o líder da oposição israelense, Yair Lapid, a criticar duramente o atual governo, acusando-o de isolamento internacional.
“O fato de um reservista israelense ter fugido do Brasil para evitar prisão é um fracasso político significativo de um gabinete que não sabe lidar com a comunidade internacional”, afirmou Lapid.
As forças armadas israelenses também emitiram orientações para que soldados e oficiais retirem imagens e vídeos de suas redes sociais que possam vincular suas participações nos conflitos em Gaza. Foi recomendado evitar viagens internacionais devido ao aumento de processos judiciais em países estrangeiros.
Desde o início da ofensiva em 7 de outubro de 2023, Israel matou mais de 45.800 palestinos em Gaza. A Corte Penal Internacional (CPI) já emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, acusando-os de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Além disso, Israel enfrenta um processo na Corte Internacional de Justiça (CIJ) por acusações de genocídio.
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