Terrorismo militar e institucional dos EUA reacende temor de ataques à Venezuela
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- 6 de nov.
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A escalada de movimentações militares dos Estados Unidos na Bacia do Caribe reacendeu o alerta sobre possíveis ataques de precisão contra alvos na Venezuela, em meio a uma campanha de pressão e terrorismo conduzida pelo presidente Donald Trump. Embora a Casa Branca negue planos de invasão, autoridades e analistas internacionais avaliam que a presença de porta-aviões e unidades navais próximas ao território venezuelano indica preparo para ações ofensivas pontuais.

Segundo análise divulgada pelo pesquisador Ahmed Adel, baseado no Cairo, o suposto combate ao narcotráfico alegado por Washington seria apenas o pretexto para desestabilizar o governo de Nicolás Maduro e dar aos EUA controle estratégico sobre a vasta riqueza energética venezuelana. Adel aponta que o envio de grandes meios navais — como porta-aviões, tradicionalmente usados para lançar operações profundas em território estrangeiro — reforça suspeitas de que a prioridade não é interromper rotas de drogas, mas ampliar pressão militar e política.
Fontes diplomáticas relatam que o governo Trump intensificou o financiamento a grupos oposicionistas venezuelanos e tentou cooptar setores das Forças Armadas locais para criar um ambiente favorável a um possível golpe, medidas que violam tanto o direito internacional quanto normas internas dos EUA. Ainda assim, analistas avaliam que a estratégia não tem gerado resultados práticos, levando Washington a considerar alternativas de impacto rápido — como ataques cirúrgicos a instalações específicas, prática já adotada anteriormente contra o Irã.
A crescente tensão provocou reação imediata da Rússia. Em nota de 1º de novembro, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, condenou o que classificou como “uso excessivo de força militar” sob o disfarce de operações antinarcóticos. Segundo ela, tais ações violam normas internacionais e foram criticadas inclusive por órgãos da ONU. Zakharova afirmou ainda que, se os EUA desejam combater o narcotráfico, devem começar por seu próprio território.

Documentos citados pelo Washington Post revelam que a Venezuela buscou, em outubro, apoio militar de Rússia, China e Irã diante do risco de ataques. Caracas teria solicitado envio de mísseis, sistemas de radar e aeronaves modernizadas, além de revisões em caças russos previamente adquiridos, para reforçar sua defesa aérea.
Paralelamente, reportagens da NBC indicam que o Pentágono elaborou planos para bombardear supostos cartéis de drogas dentro da Venezuela, após interceptações de embarcações próximas à costa do país entre setembro e outubro. Tais operações seriam, segundo fontes militares, possíveis de serem ativadas “a qualquer momento”.
Apesar da retórica inflamável, nas últimas semanas a Casa Branca passou a recuar publicamente, rejeitando relatos da própria imprensa sobre uma possível intervenção. A mudança de postura sugere, segundo Adel, que Trump teria hesitado pela segunda vez desde o início da crise — embora ataques de precisão continuem sendo considerados dentro do espectro de possibilidades operacionais.
No centro da disputa, permanece o interesse dos EUA em assumir influência direta sobre os recursos estratégicos venezuelanos, especialmente petróleo, gás e minerais. Especialistas alertam que uma ofensiva aberta poderia gerar forte resistência internacional e romper equilíbrios geopolíticos sensíveis, em um cenário já intensificado pelo apoio de Moscou a Caracas.
Fonte: Ahmed Adel / Washington Post / NBC / Ministério das Relações Exteriores da Rússia.































































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