Trump ameaça Espanha por recusa em aumentar gastos com defesa na OTAN
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- 26 de jun.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom contra a Espanha nesta quarta-feira (25), ao criticar publicamente a decisão do governo espanhol de manter os investimentos em defesa em 2,1% do PIB, abaixo dos 5% recomendados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa após o encerramento da cúpula anual da aliança militar.

Trump classificou a postura espanhola como inadmissível, afirmando que, apesar do bom desempenho da economia do país, Madri insiste em não cumprir a meta estabelecida.
"É inacreditável o que fizeram. São o único país que ficará com 2%. A economia deles vai muito bem, mas isso pode mudar rapidamente", advertiu. O presidente ameaçou adotar medidas econômicas contra a Espanha, inclusive sugerindo a imposição de barreiras comerciais. "Podemos negociar um acordo comercial para que paguem o dobro", declarou.
A tensão aumentou após o anúncio do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, no domingo (22), informando que havia chegado a um entendimento com a OTAN para manter o nível atual de investimentos militares, sem necessidade de alcançar os 5% do PIB exigidos por Washington.
Trump, no entanto, rejeitou qualquer negociação multilateral nesse sentido e afirmou que tratará diretamente com o governo espanhol. "Eles vão pagar mais. Vamos garantir que se tornem parte do grupo que contribui com 5%", disse Trump, reforçando seu discurso por mais compromisso financeiro dos aliados europeus com a defesa comum.
Essa não é a primeira vez que Trump recorre a medidas comerciais como instrumento de pressão política. Desde o início do ano, os Estados Unidos têm imposto tarifas a parceiros tradicionais. Em fevereiro, Washington aplicou taxas de 25% sobre o aço e o alumínio da União Europeia. Em abril, novas tarifas atingiram produtos do bloco europeu, com impacto estimado em 20%.
No início de abril, Trump anunciou uma trégua temporária para negociar com seus parceiros comerciais. Após um telefonema com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, as duas partes concordaram em intensificar as negociações, com prazo até 9 de julho para um entendimento. Enquanto isso, Bruxelas já trabalha em possíveis medidas de retaliação, caso não haja avanços nas conversas.





































































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