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Trump ameaça Rússia com ultimato de 10 dias para negociar fim da guerra

Em mais um gesto que reforça a política de confrontação dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump anunciou nesta terça-feira (29) que deu à Rússia um prazo de apenas 10 dias para negociar o fim da guerra na Ucrânia. Caso contrário, advertiu, seu governo aplicará uma nova rodada de tarifas e sanções econômicas contra Moscou. A declaração foi feita a jornalistas durante voo presidencial entre Escócia e Washington.


A nova ameaça representa uma mudança brusca em relação ao prazo anterior, de 50 dias, e evidencia a preferência de Trump por ações coercitivas em vez de diplomacia multilateral. “Daqui a 10 dias”, respondeu o presidente ao ser questionado sobre o limite para que o Kremlin avance nas negociações de paz. “Vamos impor tarifas e várias outras coisas. Isso pode ou não afetar a Rússia, mas vamos impor”, declarou, em tom de desafio.


O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Donald J. Trump, se encontram em uma cúpula em Helsinque em julho de 2018. Imagens de Brendan Smialowski I AFP
O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Donald J. Trump, se encontram em uma cúpula em Helsinque em julho de 2018. Imagens de Brendan Smialowski I AFP


Desde o início de seu novo mandato, Trump tem adotado uma retórica ambígua em relação a Moscou: promete encerrar o conflito “rapidamente”, mas recorre a ameaças e medidas punitivas para demonstrar força. A guerra na Ucrânia, que já dura mais de três anos, resultou em milhares de mortes, deslocamentos em massa e crescente instabilidade no Leste Europeu.


Ao mesmo tempo em que Washington tenta se posicionar como mediador, a imposição de prazos rígidos e o uso de sanções enfraquecem qualquer perspectiva de diálogo genuíno. Não há, até o momento, sinais de que a Rússia esteja disposta a ceder à pressão norte-americana. Autoridades russas reiteram que qualquer cessar-fogo duradouro depende de garantias de segurança e de mudanças na configuração militar da região.


A postura adotada por Trump contrasta com iniciativas mais diplomáticas encabeçadas por países como China e Brasil, que vêm defendendo um cessar-fogo imediato e negociações fundamentadas na Carta das Nações Unidas. Em vez disso, os Estados Unidos seguem ampliando o caráter híbrido da guerra: combinam ajuda militar à Ucrânia com asfixia econômica da Rússia.


Analistas apontam que a tática do ultimato pode até fortalecer a retórica interna de Trump, projetando autoridade e controle, mas dificulta o alcance de uma solução duradoura para um conflito de alta complexidade geopolítica. A paz, ao que tudo indica, continua sendo usada como moeda em uma disputa de poder entre potências.

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