Trump anuncia envio de novas armas à Ucrânia após fracasso em cessar-fogo prometido na campanha
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- 8 de jul.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (7) que enviará mais armamentos à Ucrânia, reconhecendo a dificuldade em cumprir a promessa de campanha de 2024, quando havia assegurado que encerraria a guerra com a Rússia “em 24 horas”. As declarações foram feitas durante uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca.
“Vamos enviar mais armas. Eles precisam se defender. Estão sendo atacados com muita força agora”, afirmou Trump, destacando a necessidade de reforçar especialmente os equipamentos de defesa. “Temos que enviar mais armas defensivas, principalmente, mas estão sob forte ataque”, completou.

Trump também demonstrou frustração com o chefe do Kremlin. “Estou desapontado, francamente, que o presidente Putin ainda não tenha interrompido a operação militar. Não estou feliz com isso”, declarou Trump, referindo-se à ofensiva russa iniciada em 24 de fevereiro de 2022.
O anúncio ocorre em meio à paralisação temporária do envio de armamentos previamente autorizados pela administração Biden. O Departamento de Defesa dos EUA justificou a suspensão alegando necessidade de revisar os estoques e reavaliar prioridades estratégicas, ressaltando que qualquer novo envio deve respeitar os interesses de defesa nacionais.
Apesar da promessa de resolver a crise em tempo recorde, Trump vem enfrentando dificuldades em avançar negociações entre Moscou e Kiev. Em abril, ao completar cerca de cem dias de mandato, ele admitiu que a situação na Ucrânia “é mais difícil do que esperava” e chegou a responsabilizar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pela falta de avanços diplomáticos.
Segundo o Wall Street Journal, fontes da administração Trump teriam revelado que, nos bastidores, o presidente reconhece os obstáculos enfrentados nas tentativas de mediação. A publicação também informou que o clima entre autoridades estadunidense é de crescente exaustão com o prolongamento do conflito.
O envio de armamentos é visto por analistas como um movimento para reafirmar o papel dos Estados Unidos como principal fornecedor militar do Ocidente, em meio ao desgaste interno e internacional da imagem do governo dos EUA diante de promessas não cumpridas e de uma guerra que segue sem perspectiva clara de desfecho.





































































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