Após sucesso no teste nuclear russo, Trump propõe cooperação com China e Rússia para plano global de desnuclearização
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quarta-feira (5) que Washington pode estar trabalhando junto à China e à Rússia em um plano de “desnuclearização global”. A afirmação foi feita durante um discurso no American Business Forum, realizado em Miami, embora o líder norte-americano não tenha apresentado detalhes sobre o possível acordo trilateral.
“Preparamos nossos arranjos nucleares. Somos a principal potência nuclear, algo que odeio admitir porque é terrível”, afirmou Trump, destacando que, apesar da liderança militar dos Estados Unidos, considera essencial abrir diálogo sobre o desarmamento com as outras duas maiores potências atômicas.

Trump reconheceu que a Rússia ocupa atualmente a segunda posição em capacidade nuclear, seguida pela China, mas advertiu que Pequim poderá alcançar o mesmo patamar tecnológico “em quatro ou cinco anos”. Segundo o presidente, os EUA pretendem avaliar “se um plano conjunto de desnuclearização pode realmente funcionar”.
Na semana anterior, Trump já havia determinado ao Departamento de Guerra o início de uma nova rodada de testes nucleares, afirmando que o país precisava manter-se “em pé de igualdade” com seus rivais estratégicos. O anúncio provocou preocupação entre especialistas em segurança internacional, que alertam para o risco de uma nova escalada armamentista semelhante à da Guerra Fria.
O pronunciamento do presidente estadunidense ocorre poucos dias após o presidente russo, Vladimir Putin, confirmar que Moscou testou com sucesso o míssil de cruzeiro Borevestnik, movido a energia nuclear e capaz de transportar ogivas nucleares de longo alcance. O Kremlin afirmou que o teste visa fortalecer as capacidades de defesa da Rússia diante do aumento da presença militar da OTAN na Europa Oriental.
Enquanto isso, analistas destacam que qualquer proposta de desnuclearização global enfrentará obstáculos políticos significativos. A crescente tensão no Indo-Pacífico e o avanço dos programas militares da China e da Coreia do Norte dificultam a construção de um consenso internacional sobre o tema.
Até o momento, nem Moscou nem Pequim se pronunciaram oficialmente sobre a declaração de Trump. A Casa Branca também não detalhou se há conversas diplomáticas em andamento entre os três países, limitando-se a afirmar que o governo norte-americano “mantém canais abertos de diálogo estratégico” com seus principais adversários nucleares.
Fonte: Al-Mayadeen




























































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