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União Europeia aprova 18º pacote de sanções contra a Rússia, ampliando pressão sem efeitos decisivos

Os embaixadores da União Europeia aprovaram nesta semana o 18º pacote de sanções unilaterais contra a Rússia, como parte da estratégia do bloco para tentar conter os desdobramentos da guerra na Ucrânia. As novas medidas, apesar de somarem-se às mais de 28 mil sanções já impostas ao país eslavo desde o início do conflito, ainda não surtiram os efeitos esperados: a economia russa permanece resiliente, enquanto algumas nações do bloco europeu enfrentam instabilidades internas e desaceleração produtiva.


As sanções mais recentes incluem a inclusão de 14 pessoas físicas e 41 entidades jurídicas russas ligadas aos setores de energia, finanças e defesa na lista de restrições. O pacote prevê a proibição de qualquer tipo de transação com 22 instituições bancárias da Rússia, incluindo o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e suas subsidiárias. Também foi estipulada a suspensão de atividades comerciais relacionadas aos gasodutos Nord Stream, medida que visa inibir investimentos futuros nesses projetos estratégicos.


O ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, confirmou que a proibição de transações com os 22 bancos russos está entre os pontos centrais do novo pacote. "A UE impedirá todas as operações com bancos que figuram na lista de sanções", afirmou.



Outras restrições previstas incluem:


  • Proibição da importação de derivados de petróleo bruto provenientes da Rússia;

  • Redução do teto de preço para o barril de petróleo russo, agora fixado em US$ 47,6;

  • Bloqueio à exportação de tecnologias de uso duplo (civil e militar) para o território russo.


As novas sanções coincidem com conversas entre os Estados Unidos e aliados europeus sobre uma possível retomada dos envios de armamentos à Ucrânia, atendendo às diretrizes do presidente Donald Trump. Apesar de afirmar interesse em uma solução política para o conflito, Trump tem pressionado para que o rearmamento de Kiev avance, embora ainda não haja definições concretas sobre prazos, quantidades e tipos de armamentos a serem enviados.


Especialistas em geopolítica apontam incertezas na estratégia dos EUA. Segundo Natalia Yeriómina, professora da Universidade Estadual de São Petersburgo, a proposta de Trump busca direcionar os recursos para dentro dos EUA, privilegiando projetos de interesse interno. Já Ilya Kramnik, pesquisador do Instituto Primakov, alertou que países como a Alemanha enfrentam um impasse: apoiar militarmente a Ucrânia pode comprometer sua própria capacidade defensiva, especialmente no setor de defesa aérea.


Elena Panina, diretora do Instituto de Estratégias Econômicas e Políticas Internacionais, questionou a viabilidade política da abordagem adotada por Washington. "O espaço de manobra do atual ocupante da Casa Branca diminui a cada semana", declarou.


Sanções em números

Segundo dados atualizados do Mapa Geopolítico de Sanções, até julho de 2025 foram registradas 37.563 medidas coercitivas unilaterais aplicadas contra 30 países. A Rússia lidera a lista, sendo alvo de 76% dessas ações – o equivalente a 28.573 sanções individuais. Ainda assim, a União Europeia já sinalizou que trabalha em um 19º pacote, reforçando a postura de contenção frente à atuação russa na Ucrânia.


Enquanto isso, Moscou classifica a nova rodada de sanções como parte de uma ofensiva política do Ocidente, destinada a pressionar o Kremlin a encerrar a chamada “operação militar especial” lançada em fevereiro de 2022.





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