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"União Europeia deve se preparar para retomar o diálogo com Moscou" afirma Macron

Durante a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), realizada em Haia, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que a União Europeia deve se preparar para retomar o diálogo com Moscou e repensar a arquitetura de segurança do continente. Para ele, embora os países europeus estejam empenhados no fortalecimento de suas capacidades militares, o objetivo não deve ser uma corrida armamentista sem fim.


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"Não estamos buscando uma escalada permanente nem queremos nos armar indefinidamente. É necessário aumentar nossa capacidade de defesa porque há um desequilíbrio entre o nosso nível de armamento e o da Rússia, o que representa uma ameaça. Mas ao mesmo tempo, precisamos refletir sobre qual estrutura de segurança queremos construir para o futuro." Emmanuel Macron

Segundo o presidente francês, a Europa precisa repensar sua segurança coletiva em regiões que vão do Mar Negro ao Ártico, considerando até que ponto os países estão dispostos a se defender e quais condições poderiam ser estabelecidas para negociar com Moscou uma limitação de capacidades militares e a reconstrução da confiança mútua.


Macron sugeriu que os membros da União Europeia iniciem esse debate agora, mesmo diante da continuidade do conflito na Ucrânia, para que se possa criar as bases de uma futura negociação de paz que envolva também uma nova configuração de segurança para o continente.


As declarações foram feitas no contexto da reunião da OTAN em que os países membros assumiram o compromisso de elevar os investimentos em defesa para até 5% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2035, sob a justificativa de uma ameaça prolongada vinda da Rússia. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também defendeu que os aliados europeus assumam maior responsabilidade por sua própria segurança.


Ao comentar a decisão de aumentar os gastos militares, Macron afirmou que a iniciativa não é apenas uma exigência de Washington, mas também uma necessidade estratégica da Europa para garantir sua autonomia.


Do lado russo, o governo de Vladimir Putin tem rebatido as alegações de ameaça à OTAN. O Kremlin insiste que não há qualquer intenção de atacar países da aliança e acusa o Ocidente de utilizar "narrativas alarmistas" para justificar uma escalada militar e ampliar investimentos em defesa. Ainda nesta semana, Putin acusou a OTAN de fomentar a militarização global e promover uma nova corrida armamentista com o objetivo de arrecadar recursos dos cidadãos dos países-membros.


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O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, foi questionado durante a cúpula sobre os fundamentos dos alertas a respeito da "ameaça russa", mas não apresentou dados específicos, justificando-se com preocupações de ordem geral.


As falas de Macron sinalizam uma tentativa de equilibrar o reforço da defesa europeia com a busca de canais diplomáticos que possam, futuramente, viabilizar uma solução política para o conflito na Ucrânia e estabilizar a segurança na região.

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