Caiado ameaça com “desobediência civil” caso prisão preventiva de Bolsonaro seja decretada
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- 5 de ago.
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Durante evento realizado em São Paulo nesta terça-feira (5), o governador de Goiás e pré-candidato à Presidência da República em 2026, Ronaldo Caiado (União Brasil), atacou duramente decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), com foco nas ações do ministro Alexandre de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para Caiado, a determinação de prisão domiciliar imposta a Bolsonaro, anunciada na véspera, pode desencadear um movimento de desobediência civil no país.

“As decisões monocráticas têm ultrapassado os limites”, criticou o governador, cobrando do STF uma atuação mais colegiada e menos centrada em decisões individuais. Ele defendeu o retorno de votações no plenário da Corte, alegando que medidas unilaterais geram “mal-estar” na sociedade e alimentam tensões institucionais.
Caiado foi ainda mais direto ao se referir ao ministro Alexandre de Moraes, autor das ordens que restringem a liberdade de Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a apreensão de seu passaporte. Segundo o governador, Moraes teria agido movido por “vingança pessoal”, o que comprometeria sua imparcialidade como membro da Corte. “É muito grave este momento do país. As posições precisam ser equilibradas”, disse, alertando para a necessidade de respeito à separação entre os Poderes.
O governador também considerou “inaceitável” que Bolsonaro, ainda sem condenação judicial, esteja sujeito a medidas que o impedem de usar celular, circular livremente ou se manifestar. “Isso não constrói a democracia. Pode ser a gota d’água para um processo de desobediência civil”, advertiu.
As declarações foram dadas durante o lançamento do Fundo Creditório do Estado de Goiás, voltado a apoiar empresas exportadoras afetadas por sobretaxas dos Estados Unidos. O fundo prevê R$ 628 milhões em crédito para empresas goianas.
Na mesma ocasião, Caiado anunciou que o União Brasil entrará em obstrução legislativa total no Congresso Nacional, em protesto contra o que classificou como excessos do Judiciário. “A decisão foi tomada na madrugada, após conversas com colegas e com a direção do partido. A partir de hoje, o União Brasil trava a pauta na Câmara e no Senado”, afirmou.





































































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