Documentário “Cheiro de Diesel” denuncia militarização contínua nas favelas do Rio
- www.jornalclandestino.org

- 8 de out
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O longa-metragem Cheiro de Diesel retrata o cotidiano nas favelas do Rio de Janeiro sob intervenções militares previstas pelo decreto federal de Garantia de Lei e Ordem (GLO), destacando operações ocorridas em 2014, 2017 e 2018 na Maré, na Penha e no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo. A segunda exibição de estreia ocorreu nesta segunda-feira (6) no Cine Odeon, com presença de comunicadores populares, estudantes e moradores das comunidades.
O filme reúne depoimentos de moradores e registros de comunicadores populares, mostrando a rotina marcada por tanques de guerra, invasões a escolas e casas, revistas constantes, assassinatos e censura. A diretora Gizele Martins, também jornalista e integrante da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, afirmou que “a ditadura não acabou nas favelas”, apontando a continuidade da militarização e da vigilância sobre corpos negros e favelados.

O documentário também traz comparações com a situação na Palestina, onde a militarização é extrema e envolve restrições severas à população civil. Martins ressaltou a semelhança entre a presença de armas, tanques e drones israelenses nas favelas cariocas e a repressão em territórios palestinos, reforçando a necessidade de articulação entre movimentos de resistência locais e globais.
Para a produção, a coleta de imagens e depoimentos contou majoritariamente com registros feitos por moradores e jornalistas populares, permitindo que experiências locais fossem documentadas com autenticidade. O filme evidencia que a violência de Estado continua sendo sistemática e estruturada, e propõe um alerta à sociedade sobre a manutenção de práticas autoritárias dentro de territórios favelados.





































































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