Entre cassados, inelegíveis e foragidos, no bolsonarismo, vale o salve-se quem puder
- www.jornalclandestino.org

- 7 de ago.
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A direita brasileira atravessa um momento de desarticulação política, segundo a Coluna do Estadão, com governadores, deputados e senadores ligados ao bolsonarismo avaliando individualmente como cada movimento poderá impactar suas perspectivas para as eleições de 2026. O cenário de fragmentação se intensificou diante de atitudes consideradas personalistas de figuras como os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP).

Um dos sinais recentes dessa falta de coordenação foi o cancelamento de uma reunião entre governadores de direita e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que discutiria as tarifas impostas ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Apesar de resistirem a demonstrar apoio ao governo Lula, que ganhou visibilidade no embate com Washington, os governadores não puderam ignorar o impacto econômico da medida em seus estados.
A ausência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em um ato bolsonarista no domingo (3) — oficialmente atribuída a questões médicas — foi interpretada por aliados como um movimento para se distanciar de desgastes políticos. Eduardo Bolsonaro, por sua vez, gerou desconforto ao afirmar que torcia contra a missão de senadores que buscavam amenizar as tarifas dos EUA, provocando atritos não apenas com Tarcísio, mas também com o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o governador Romeu Zema (Novo), a quem acusou de representar a “elite financeira”.

Carla Zambelli voltou a protagonizar polêmicas. Após o episódio da perseguição armada em 2022, que foi apontado como fator de desgaste para Bolsonaro, a deputada passou a enfrentar nova crise de imagem. Sua tentativa de deixar o país rumo à Itália, segundo aliados, comprometeu ainda mais a coesão do grupo, especialmente entre os réus do 8 de janeiro.
Enquanto isso, outros líderes conservadores buscam se reposicionar. Zema e Ratinho Júnior (PSD-PR) tentam ampliar diálogo com empresários, Ronaldo Caiado (União Brasil) mantém críticas ao governo federal e Tarcísio procura recalibrar seu discurso para reduzir a associação direta ao bolsonarismo. Apesar das divergências, o governador paulista minimizou a crise interna, defendendo que “o projeto nacional deve estar acima de vaidades” e reafirmando a importância da unidade entre conservadores para 2026.





































































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