Ultrafarma: Escândalo bilionário de propina na Sefaz-SP atinge governo Tarcísio e provoca pedidos de CPI
- www.jornalclandestino.org

- 18 de ago
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O Ministério Público de São Paulo deflagrou, na última terça-feira (12), a Operação Ícaro, que investiga um esquema de pagamento de propinas superior a R$ 1 bilhão envolvendo auditores fiscais da Secretaria da Fazenda e Planejamento (Sefaz-SP). Entre os suspeitos estão Artur Gomes da Silva Neto, supervisor da Diretoria de Fiscalização da Secretaria, o empresário Sidney Oliveira, dono da rede de farmácias Ultrafarma, e Mario Otávio Gomes, diretor do grupo Fast Shop. Segundo o MP, os investigados teriam facilitado a aprovação de créditos de ICMS irregulares em troca de vantagens ilícitas.

Apesar da magnitude do escândalo, o nome do governador Tarcísio de Freitas não foi citado nas principais reportagens da mídia nacional, gerando críticas sobre uma possível blindagem. Em evento recente, o governador afirmou que "o Brasil não tolera mais corrupção", sem mencionar o caso que envolve sua administração.
Diante da situação, o deputado Reis (PT-SP) protocolou pedido para a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa, solicitando investigação aprofundada sobre o suposto esquema sistêmico de corrupção que teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também criticaram o silêncio do governador. Eles questionaram a credibilidade de Tarcísio ao falar contra corrupção enquanto sua gestão enfrenta um dos maiores escândalos de propina do Estado.
Além disso, o deputado Teixeira alertou que o governo paulista tenta transferir a apuração das irregularidades da Procuradoria do Estado para a Controladoria-Geral do Estado (CGE), atualmente comandada por Wagner Rosário, aliado histórico do ex-presidente Bolsonaro, levantando preocupações sobre interferência política nas investigações.
O caso, apelidado de Ultrafarma, é considerado o maior escândalo da gestão Tarcísio até o momento e pode ter impactos significativos na corrida eleitoral de 2026, quando o governador é cotado como candidato à Presidência da República.


























































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