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O que a polícia alemã faz com nazista detido por pintar dezenas de suásticas com o próprio sangue pela cidade?

A polícia da Alemanha deteve, na quinta-feira (06), um homem de 31 anos acusado de pintar dezenas de suásticas com o próprio sangue em carros, caixas de correio e fachadas de prédios em Hanau, no estado de Hesse. Segundo as autoridades, ao menos 50 veículos foram vandalizados e testes confirmaram que o líquido utilizado era sangue humano. A suástica é proibida no país e reconhecida oficialmente como símbolo de ódio ligado aos crimes do regime nazista.


Nazista I arquivo
Nazista I arquivo

De acordo com o porta-voz policial Thomas Leipold, o caso foi descoberto na noite de quarta-feira, quando um morador alertou a polícia após encontrar o símbolo marcado no capô de seu carro. Testemunhas identificaram o suspeito, um cidadão romeno que não teve o nome divulgado devido às normas de privacidade alemãs, permitindo que equipes o localizassem na própria residência em Hanau.


O homem apresentava ferimentos compatíveis com cortes autoinfligidos e, no momento da prisão, estava sob forte influência de álcool. Segundo Leipold, o ato parece ter sido motivado por questões “altamente pessoais e relacionadas ao trabalho”, sugerindo um colapso emocional. O suspeito foi encaminhado para avaliação médica em um hospital psiquiátrico, e a polícia não divulgou mais detalhes sobre sua condição.


A repercussão foi imediata. O prefeito de Hanau, Claus Kaminsky, declarou que a cidade recebeu a ação com profunda indignação, especialmente por ainda carregar o trauma do ataque racista de 19 de fevereiro de 2020, quando nove pessoas de origem imigrante foram assassinadas em um bar de narguilé. Para ele, o caso “ultrapassa todas as fronteiras da decência e da humanidade” e reforça a necessidade de vigilância contra símbolos e discursos de ódio. A prefeitura registrou queixa criminal sobre o ocorrido, conforme informou a agência de notícias alemã dpa.


Contextualizando o impacto da ação, autoridades e especialistas lembram que a suástica permanece um símbolo proibido e protegido por lei na Alemanha, por evocar diretamente os horrores do regime nazista e o trauma histórico do Holocausto. Mesmo assim, grupos supremacistas e neonazistas ocasionalmente recorrem ao símbolo para provocar medo e tensionar comunidades vulneráveis.


O caso segue sob investigação, com análises forenses ampliadas para mapear todos os locais atingidos e compreender se o suspeito teve ajuda de terceiros. Até o momento, a polícia trata o episódio como ato isolado, sem indícios de conexão com organizações extremistas.


Fonte da notícia original: Associated Press (AP)


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