Haddad defende taxação de bancos e apostas online para garantir financiamento do Fundeb e salários de professores
- www.jornalclandestino.org

- 29 de set.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o aumento da tributação sobre bancos digitais e empresas de apostas online tem como objetivo assegurar recursos para o Fundeb, principal mecanismo de financiamento da educação básica no Brasil, e garantir o pagamento de professores. Ele ressaltou que a medida busca resolver a ausência de fontes de receita para despesas estimadas em cerca de 40 bilhões de reais.

Em entrevista ao podcast Três Irmãos, Haddad explicou que a proposta de taxar fintechs e empresas de apostas online visa gerar receita para custear o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), criado durante sua gestão como ministro da Educação. O fundo é responsável por complementar recursos estaduais e municipais e sustentar boa parte dos salários de educadores em todo o país.
O ministro disse que críticas recentes a suas declarações sobre financiamento do Fundeb derivaram de interpretações equivocadas.
“O que critiquei foi criar o Fundeb sem fonte de financiamento. Você não pode criar uma despesa de 40 bilhões de reais sem previsão de receita. Agora, como ministro da Fazenda, estou justamente buscando essa fonte”, explicou.
Haddad reafirmou apoio integral ao Fundeb e destacou a relevância de manter os recursos para a educação básica.
“Quando pessoas me criticam por taxar bets e bancos, estou fazendo isso para pagar o Fundeb”, declarou.
O ministro também mencionou que herdou do governo anterior uma obrigação de 80 bilhões de reais, sendo 40 bilhões destinados ao Fundeb e outros 40 bilhões ao BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Durante a entrevista, Haddad abordou ainda sua trajetória política e acadêmica, destacando formação em direito, economia e filosofia, além de detalhar os desafios enfrentados como Ministro da Educação e Prefeito de São Paulo. Ele comentou políticas econômicas e sociais do governo, incluindo reforma tributária, tributação de compras internacionais, justiça social, papel do Banco Central e a necessidade de uma liderança com visão de longo prazo frente à polarização política no país.































































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